No final deste ano completam-se 6 anos sobre a 1ª expedição Menina da Lua que decorreu inteiramente em terras angolanas tendo deixado memórias em cada elemento do grupo que jamais se apagarão. Como “Natal é quando um homem quiser”, assim também a vontade de exprimir boas sensações da vida.
Porquê escrever hoje sobre o assunto, pois nem sequer é data relacionada com essa marcante viagem? Simplesmente porque numa deslocação de trabalho a Recife no Brasil e depois de uma escolha equivocada de alojamento surgiram as imagens de uma das boas etapas dessa viagem, precisamente a nossa passagem pela Vila de Caconda, na Província da Huíla.
Mas que semelhanças podem existir entre um dia de trabalho em Recife e uma passagem por Caconda em expedição de moto? Em princípio nada! Mas e então se de repente as tais memorias nos transportassem para um quartinho com poucos metros quadrados, vizinhos barulhentos e agressivos numa noite de chuva torrencial?
A passagem por Caconda foi dos momentos significativos numa viagem à descoberta de um país fascinante, que tornou a vida de cada um dos participantes muito mais rica, embora esta vila do interior de Angola nada tenha que possa inspirar riqueza.
A simplicidade e beleza de vilarejo do interior e a dureza da vivência das suas gentes, presa no tempo e ainda cicatrizando feridas de momentos violentos, conseguiu marcar-nos e deixar em nós imagens que não se apagam enquanto durarem os nossos mecanismos biológicos capazes de relacionar um Hotel em Recife, no litoral Nordeste do Brasil, com uma pensão de Caconda.
O desafio é regressarmos ao contacto com os bons momentos vivenciados nas expedições Menina da Lua, sem qualquer ordem cronológica, nem regras de escrita pré estabelecidas, mas tão só trazer para conhecimento dos amigos as boas recordações de viagens, a partir das nossas vivências quotidianas.
Do Recife para a Menina da Lua com carinho e amizade!