Iniciámos o nosso percurso de ontem com uma deslocação a Tundavala, local de interesse turístico situado a 2.250 m de altitude, chegámos através de caminho pedregoso com cerca de 50 Km. Às 11h estávamos de regresso ao Lubango para iniciar o percurso para Cahama, povoação localizada na província do Cunene, cerca de 190 Km ao sul do Lubango, em que os primeiros 140 km são de boa estrada de asfalto, sendo os últimos 50 de pavimento difícil, alternando entre areia, pavimentos esburacados e de pedra solta.
O que mais impressionou foi o verificarmos que a cada km percorrido sempre se encontram pessoas junto à estrada com numerosos pequenos povoados de construções muito rudimentares que nos trouxe à memória relatos do nosso amigo Jacob, quando nos referia isso mesmo relativamente aos caminhos de Moçambique que tão bem conhece. Pela hora do almoço começámos a pesquisar quais as sombras disponíveis à beira da estrada, mas foi tarefa difícil pois os poucos locais sombreados estavam ocupados, o que parece impossível numa viagem tão extensa. Chegámos a Cahama às 16h, extenuados pelo calor e dureza do piso, arranjámos estadia na pensão central (com direito a suite com abundante vida animal) único local para pernoitar nesta localidade.

Não havia combustível nas bombas só amanhã, não se sabendo se de manhã ou à tarde, se não tivéssemos reservas estávamos feitos.

Tivemos dois dedos de conversa e outras tantas cervejas com um médico Bielorrusso, Vladimir, vizinho de quarto que está aqui há três anos a trabalhar.

Eram 21.30 e já se dormia a ressonava à mesa do jantar.